19 de setembro de 2012

Galerias de paris I

Naquela manhã sacudis-te os bolsos e retiras-te de lá pó de memórias. Disseste-me cabisbaixo que eram pontas de esquecimento e descruzamento de olhares importantes e famintos de Amor. Nunca soube a razão para tanta despedida e folhas rasgadas mas outrora a Alma estremecia e pedia um pouco mais. Apenas e só um pouco mais pois todo o tempo do Mundo para um por do sol á beira mar e mimos por entre maços de areia é pouco. E, entretanto, com as cartas bonitas e flores vermelhas todos os dias esqueci-me das perguntas. Esqueci-me de perguntar o que era feito de nós quando não sabia de mim e esqueci-me de te perguntar se era tão demais dividir o céu em pequenos pedaços e dar esses mesmo pedaços como prenda diariamente... É que quando nos apaixonamos vemos o céu de diferentes cores. E, depois, de segundos, minutos, horas e histórias o esquecimento surge como um violino arrumado na cabeça. Custa a saber tocar e a saber-se fazer o concreto.
- Gosto dele.
- Então, tem cuidado porque ele ama-te muito

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