24 de setembro de 2012

Galerias de Paris II

Em dias de comédias abro-te o coração, dobro-te os cantos e limo-te as arestas. Guardo a lupa pela qual vi os defeitos na gaveta e escondo a malícia de desdobrar os livros por não querer fazer perceber e fazer de conta que não és metade do meu Mundo. Parte do meu corpo. Parcela das minhas estrelas. Lufada de ar fresco na minha rotina. Nunca consigo pousar a caneta gasta quando chega o momento de te escrever e então escrevo até me doerem os dedos e repuxa-se sempre o mesmo assunto que não passa de ti e passa por ti. Quando te vagueias, deixas a tua sombra e os teus hologramas junto das mobílias com fotografias. Outrora de noite, não vacilas e estás la pronto a desfazer os lençóis e unificar dois corpos robustos. O tempo não queima e as muralhas dos contra-tempos não nos vencem porque somos que nem livros cheios de páginas brancas que servem par iniciar sempre um novo começo quando há fim á vista.

1 comentário:

Unknown disse...

que bonito Cláudia :D onde vais buscar esta inspiração toda? é mesmo bom o que escreves!
e eu adoro o teu lado puro e duro.