24 de fevereiro de 2013

A brincar ao rato e ao gato

Expandimos os segredos no papel. Queima-mos as pontas e as saudades juntamente com as lágrimas ficam gravadas nas linhas. Gastamos as cores do arco-íris e abrimos as asas dos pássaros das nossas mentes. O céu quem o fez se não se faz nada para além de o admirarmos e querermos dormir nas nuvens? Somos a liberdade que não queremos aceitar tal e qual como aceitamos o Amor que nos querem dar. Mas, é mentira. Somos uma carne complexa capaz de criar as belas tempestades e também as mais belas obras de arte... E, então, porque teimamos sempre ir em direcção aos becos sem saída? Porque queremos nós saber as respostas a tudo quando o mágico será partir a deriva? Quando podemos ser a aventura mais desejada e desequilibrada do Mundo? Brinquemos. Seremos inocentes e humanos. Trocaremos as pontas das horas dos relógios pelos horários em que não se faz nada. Bebemos e fumamos. Brinquemos que já não me recordo da última vez que fui uma eterna inocente. Nem que o desejasse ser... Apenas sou de acordo que a maior nostalgia foi, um dia, seremos eternos erros sem dar conta disso. Hoje, contamos os erros e temos que ter mais 20 dedos para os juntar todos em duas mãos. Brinquemos, só. 

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