27 de fevereiro de 2013

"I still got love for some of ya."

Vem conhecer o meu canto no Inferno. Licores adocicados e cigarros fortes. Junta-te mim. Fazemos de conta que a noite é a nossa melhor amiga somente não seja a minha melhor amiga, só. Não me escutes e não me digas para me portar bem... Sabes que as melhores coisas são selvagens e livres. Apesar de gostar tanto de ti que as vezes nem me sinto, nem sinto as artérias, gosto mais de mim. Acho que muito mais. Acho que sempre foi assim. Acho que nunca vai mudar. Não há nada no Mundo que necessite de alcançar. Levo a porra desta Vida numa brincadeira de marionetas. Mas, não sejas tu uma marioneta. Sê vivo e dá-me Vida. Puxa-me de rompante. Leva-me para a cama e faz-me tua. Tua mais do que aquilo que sou que tu sabes que sou. Mais daquilo que tu me és que tu sabes que és e que revejo nos teus olhos que gostas de ser. Somos assim, só. Dois maníacos famintos da carne um do outro. Maníacos fixam a sua imagem ao semelhante. Riu-me da tua cara. Riu-me do teu corpo. Riu-me de ti. Riu-me de nós. Somos uma anedota. Uma passa num charro a más horas. Uma anedota que quando conhecem torna-se a piada predilecta do dia. Neste caso, ninguém nos conhece... Não é. E, vivemos tão bem melhor assim. Que a puta da Felicidade aos olhos do Mundo infelizmente tem telhados de vidro. Felizmente, temos punhos de aço e soqueiras maciças. Vem conhecer o meu canto no Inferno.
- Dás-me adrenalina - Diz ele.
- Porquê? - Pergunto não estando reticente quanto a resposta.
- Porque tu tens o feitio de merda mais original que já conheci - Responde.
É este o meu canto do Inferno. Lá no fundo, todos os cantos têm uma história. Como todas as esquinas têm uma puta, meu cabrãozinho bonito. 

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