10 de junho de 2013

5:41 - diabrite

Conheci um cérebro abatido que de tanto saber cansou-se de pensar. Chocou contra o Mundo e assustou-se ao invés nunca tentou fugir. O seu conhecimento vai para além do meu. Faz-me sentir pequena ainda que saiba que sou grande, nem que seja apenas grande na minha cabeça, e não na dele. Fode-me com o juízo. Deu-me a conhecer por sabores doces coisas súbitas e paranormais. Pergunto-me de onde veio e não me sei responder. Ontem nem queria encarar que tivesse chegado, parado, sentido e ficado por cá. A porta de minha casa não é alegre mas sabe tantas coisas que não necessita de saber mais. Não quero, não pretendo que se aloje a mim. Mas, desejo o seu corpo e tudo o compõe de uma maneira saudável e divertida. Pergunto-me como é possível e não me sei responder. Este mundo é cão. Madame que nunca precisou de pessoas para soltar gargalhadas burras e cá me chega esta meia pessoa cheia de tudo um pouco e dou por mim a abrir os olhos para observar uma miragem que não é apenas uma miragem. Hoje é um paraíso. Um simples paraíso. Apetece-me percorre-lo até me sentir sufocada de tanto sentir. O cérebro é abatido no entanto é saudável. As gargalhadas foram potencialmente potentes e viciantes. O cérebro é abatido mas é eficaz. Chocou contra mim. O embate que originou é uma guerra bonita. 

2 comentários:

P.Couto disse...

e vivo, como é óbvio. aquilo é apenas um desabafo :)

RV disse...

dilemas constantes, e também tu os tens a toda a hora, que eu sei