11 de setembro de 2014

Expoente de loucura

Como se tivessem escrito o teu nome por todos os cantos desta cidade torta. Sinto-me envergonhada pela maneira tímida, não dita mas tresloucada que sinto por ti. Tenho um filtro. Está cravado na minha garganta à demasiado tempo e acabei por me sentir bem com ele por isso venho escrever merdas para aqui. 

Tenho cantos para limar, temo que sejam crónicos. Mas, não te preocupas-te. Entraste pela porta e sentas-te-te numa cadeira. Achei-te chato, impertinente e odiava a minha vista que se colava ao teu sorriso bonito. Ignorava as noites em que o cérebro chamava por ti. Já me disseram que a nossa história é louca, descabida. Algo, provavelmente, que não sairia nos conformes. Afinal de contas, que história começa no fogo dos lençóis, na tempestade de só saciar as vontades e de sair porta fora sem uma única testemunha do nosso crime... 

Ocupas-te o meu espaço. O espaço da casa. O espaço. Aquele imenso espaço. 

Amarrada por algo que não entendia, descozi-me. Encontrei partes, confusas, que não estavam colocadas ali. Mal tu sabias que também eu era impertinente. Fiz-te tropeçar em mim e fiz com que fosse a queda mais vertiginosa da tua vida. Eu sei das minhas acções. Mas, a confusão também é uma salvação. Como se fosse um local nosso, proibido como o único veneno doce inexistente. Amarrados por algo que não entendíamos. 

As minhas palavras saem como se fosse uma AK-47. Mas, eu sei das minhas acções. Talvez não seja boa a olhar por ti mas posso olhar por ti. Resisto, não me quero curvar e sair. Não te faço esperar por um abraço e estou constantemente ansiosa por um beijo. Desculpa mas é algo que não te consigo explicar até a mim mesma. À muito tempo atrás, a última coisa que desejava ser era tresloucada por amor. 

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