23 de outubro de 2012

Pássaros Livres IV

Clichés? Clichés, não passam disso mesmo, clichés. Filosofias rascas de umas noites de vodka sem estarmos sóbrios... A falar, a falar, a falar sem conseguir conter a língua e o subconsciente que acordou de tal forma que nos desperta o caminhar na rua. Carpe Diem, é um cliché banal, por exemplo. Quem é que se lembra num dia de chuva aproveitar ao máximo? Quem vive até ao último segundo quando, por vezes, a única coisa que nos apetece é ficarmos no canto mais pequeno de alguma casa sem escutar nada e sem ouvir ninguém? É o que é. Clichés, não são nada.
Karma, é outro cliché extremamente banal. Não é o destino que cria as voltas que a Vida dá. Somos nós com a nossa boa vontade. A nossa força. A nossa garra. Se não estivermos dispostos a mudança, não acontecerá. E, provavelmente, todos os milhões de seres básicos - incluindo eu - que respiram do mesmo ar todos os dias assemelham-se o Karma a vingança. Porque a nós a vingança sabe-nos sempre bem pois é uma loucura que raramente se sucede mas quando se sucede mata as sete vidas de um gato pardo. Os clichés são a informação secreta que jamais conseguimos descobrir. As metas filosóficas que jamais conseguimos perceber e ninguém percebe que clichés são também uma queimadura no tempo. Um buraco gigante em mil buracos. Clichés não fazem parte de sentimentos. Coerência, minha liberdade, existe coerência! Porque quando gostamos de alguém cabe-nos a nós conseguir transpor para o Mundo o que esse alguém nos dá e faz sentir. É por isso que escrevo. Clichés é a rotina, apenas. O silêncio que mata tudo. Mas, as pessoas insistem em usados porque é apenas um caminho severamente mais fácil para não perder a paciência com explicações  É a falar, a falar, a falar com o meu interior que me percebo e não a trocar Clichés como se fosse um jogo de poker onde só sai uma pessoa vencedora. Quem fica comigo sai vencedor também mas sem clichés, por favor.

3 comentários:

Mariana disse...

Quem fica contigo sai, sem dúvida, vencedor!

Aurora disse...

está perfeito e concordo contigo.

raquel sousa disse...

Lindo, lindo! Estou mesmo a adorar os vossos pequenos pássaros livres! *