25 de novembro de 2012

As putas dançam slows


"Acredito em pesadelos belos
Quando a vida dá-me estalos com luvas de ferro, mano."

06:30. Acordo com o corpo dorido. As minhas roupas cheiram a tabaco que enjoa. Estou despenteada, com uma cara de ressaca e estou completamente zen. Recordo-me perfeitamente do que bebi e como acabou a minha noite com um pouco da manhã incluída. O whisky puro matou-me o estômago  De certo, tenho um buraco não só por isso mas pela fome. A minha mãe observa-me. Já nem comenta porque sabe o que a Alma gasta - Perdoname madre por mi vida loca. Se, talvez, imaginasse o que já mandei para o corpo saberia decifrar-me. Talvez conhecer-me um pouco melhor. Do outro lado, nunca iria aceitar a minha outra faceta. Deixo estes pensamentos para depois. Sinto-me sorridente. Sinto que se levasse uma trepa de soqueira nem sentia ou então até pedia por mais. Sinto-me tão viva que parece o maior susto de todos os tempos. Tenho uns breves flashs... A meio da noite, sofri um excesso de adrenalina. A razão é tão óbvia que cada vez que se passa alguma coisa de novo por essa mesma razão, rio-me. Elas não sabem que me estou a cagar. Que quero que elas se fodam todas. Mas, que no entanto, a minha vontade era ensinar-lhes que neste Mundo não estou aqui para comer e calar. Impor limites para mim sempre significou impor respeito. Penso que o problema de hoje em dia é o facto das pessoas pensarem que pessoas são todas iguais. Eles não conhecem a peça. Se conhecessem, não tentavam parti-la. E, quanto a este assunto estou a tentar arranjar paciência onde não existe. Cada vez que olhava de frente tinha alguém a olhar-me de lado. Subscrevo que quando não nos têm coragem de olhar de frente é certo que vêm algo nos nossos olhos que têm medo de me enfrentar. Não queria começar a guerra. Só queria que acabasse sem ter de passar por ela mas pelas aparências terei de provar que serei a única sobrevivente. Não suporto que o ar que elas respiram sejam o mesmo que o meu. Isto já está a demorar mais do que tempos a acabar. Toda esta situação já fode com o sistema de uma pessoa. E, logo, eu... Que só quero saber do meu tabaco e da minha música. E, das minhas poucas pessoas. Logo eu... Que expludo como uma bomba nuclear. Souberam escolher bem. Acredito que existem pessoas que escolhem quem tentar prejudicar a dedo. Mas, também acredito que se alguém o que fazer a outro alguém é porque esse alguém tem uma essência que querem: genuinidade eterna. Isso faz-lhe aflição. Pois, são uns cínicos camaleões que nem as mães conhecem. São cínicos com a sua própria essência e não aceitam essa faceta. A faceta de não estar bem com quem se rodeia. Com o Mundo. E, se não está bem com o Mundo então nunca se estará.

1 comentário:

kowodzpin disse...

parece que fui eu a escrever as últimas linhas desse texto. tão a minha vida aí descrita. a decor do blog ficou fixe :)