11 de março de 2013

No melhor Inferno o pior Diabo


O meu sangue fervilha quando te toco. Juro que nunca senti mais puta perfeição. De reclamar a mais perfeita forma nos lábios para te ir consumir e sentir ao extremo. Dás-me sensações do caralho. Não te consigo explicar, nem consentir. Não faço a mínima ideia do quanto me tens. Nem daquilo que tenho. Desejo sentir, sentir, sentir, sentir até me enjoar sentir. O nosso sabor amargo e as peles arrepiadas do suor. O teu cabelo repuxado pelos meus dedos. Cada vez mais faminta de ti. Da tua pele. Do teu ser. Desejo-te, desejo-te, desejo-te até explodir as minhas artérias com fragmentos de pura demência de calor humano. Sabes-me a tudo. Sabias que este doente Mundo não foi feito para as minhas feridas e vieste buscar-me. Leva-me daqui, então. Vamos para o meu Inferno. Pedaços da minha carne ensinam-te que todo o Homem sente limites. Saltemos para partilhar do medo a milímetros de distância do que é partir os ossos por darmos os nossos pontos fracos a alguém. Meu, só meu, dei-te os meus defeitos. Se os perderes, juro que te parto a face e que comprovo que é tão fácil cair. Derrotas-te-me as coragens. Sabias que este doente Mundo não foi feito para as minhas feridas e vieste buscar-me. Que as tuas melhores balas me espetam no peito com força e me levem. 

1 comentário:

Aurora disse...

"Sabias que este doente Mundo não foi feito para as minhas feridas e vieste buscar-me." perfeito, doce