20 de junho de 2013

No passa nada

A verdade é que não te suporto. Não suporto a tua capacidade de amares meias cabeças sem pensares nos riscos. Não suporto essa tua mania de quereres enganar-te, engana-lo, prende-lo, massacra-lo. Não te suporto mas vive. Porque enquanto vives, rio-me, feita louca. E, agora sei que existem tão belas diferenças entre nós... Vivo de bem com o Mundo. O meu espaço é o tchill. Aqui não falta nada. Temos amor e comida na mesa. E, ainda que saia daquela porta e me seja um estranho então que seja. Dá-me prazer saber que vive. Que vive bem. Que não vive porque desejo freneticamente que siga os meus passos, os meus locais. Sou livre. É livre. Voa e se quiser pousar em mim, deixo. É isso que sinto... Voou, fly, fly, fly, nigga. Repouso. Dou grandes voltas e volto sempre ao bilhar grande. E, foda-se, ganho sempre o jogo. A bola preta é sempre minha. E, ainda que saia daquela porta e me seja um estranho então que seja. É um estranho bonito e charmoso. Pode voltar a minha mesa para beber wisky e ouvir mastiksoul sempre que lhe apetecer. Pode voltar aos meus lençois. As pessoas que amo são livres. A minha magia é que não obrigo ninguém a ficar. São essas as nossas diferenças. 

3 comentários:

margarida disse...

Tu és qq coisa, miúda :)
Escreves tão, tão bem!

RV disse...

http://www.youtube.com/watch?v=pPe23UV4V4c Já ouviste? Tens que ouvir. Ainda por cima, é verídico.

RV disse...

Sabia que ias gostar!