27 de dezembro de 2013

FLY NIGGA



Mas, não caiu nessa cena de vires fazer de mim o que te apetece. Quando sou boa, sabe-te bem. Quando sou má, sabe-me bem. Entendes? Não gosto de entrar em paranoias e cérebros delinquentes. Cenas por resolver que não são da minha conta. Como deves de reparar, não faço promessas, não dou palavras bonitas de boa vontade, não sei ser comer e calar. Se vivo de escritas achas que me sinto bem com palavras entaladas na garganta que seco com charros na tua ausência? Népia. Olha este sufoco de caixa que por vezes impões. Quero-me mexer. Preciso que saibas que não preciso da tua autorização pra nada. Que eu brinco mas não fecho a pestena. Sorrio mas desconfio. Mais a mais, gosto e esqueço porque a minha maior qualidade é não gostar de alguém o suficiente para além de mim. Ou, defeito. Quem sabe. Na verdade, o quente dos teus lençois faz-me falta. O teu toque a fervilhar na minha pele. Na, verdade encaixo-mo-nos mas tu desencaixas. Até oferecia um puzzle mas estou sem dinheiro. Tenho amor e carinho. Não te pergunto se queres, tenho a resposta comigo. O que me faz superar é saber, saber-me que gosto de ti de uma maneira bonita e de que gosto. Discretamente. Mas, não me dês bofetadas quando não mereço. Senão, levas punho cerrado. 

2 comentários:

Jun disse...

Sinto-me tão tu neste momento que me atrofia. Sempre adorei a tua escrita, tu sabes. Escreves como eu gostaria. Dizes tudo e da maneira mais forte possível, adoro ler-te. Adoro identificar-me quando te relei-o.

ann disse...

Fiquei tão agarrada às tuas palavras. O texto está espectacular. E os teus sentimentos são tão fortes. Adorei, sem dúvida! Parabéns!