26 de dezembro de 2013

mais meu

Não dou cavaco a ninguém, é verdade, mas sou eu sei os giros e o sabor que a minha vida tem. A fome, a esperança, a motivação do amanhã continuam cá. Não serei pessoa de admitir um rotulo de sem futuro porque não tenho carro e vivo em casa da mamã. Lar doce lar, um pilar e se as pessoas desconfiam da minha liberdade, então, venham cá checkar. Comida e bebida na mesa. Electricidade e água. Tudo aquilo que sou, não o devo a ninguém. Talvez por isso não me arrependa de nada. Talvez por isso não lhe para trás. Talvez por isso as pessoas me encarem como um mau feitio. Mas, não quero explodir. As minhas bombas estão desarmadas e nem sequer residem no meu bolso. As minhas balas são feitas de prata para que possa ter riqueza futuramente. As minhas forças existem para construir a minha calçada. E, se tiver que virar costas, acredita, não sinto falta. Porque não levo saudades de ninguém agarradas aos meus ombros. Não levo lágrimas por chorar, nem puzzles por resolver. A minha vida é a Minha Vida. É por isso que lhe dou o nome de minha e não daquele ou de outro. É por isso que decidi fechar a porta suavemente e ir rir-me num canto qualquer. E, se acham que o sabor de ser bestial é bom... Experimentem o sabor em ser besta... É ainda melhor. Mais saboroso, mais intenso, mais meu. 

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