4 de junho de 2014

O meu ponto de acesso encontra-se refundido de fumo denso. Nestes dias, os tempos têm sido fodidos e perdidos. Andam lobos a sortear o meu espaço e a querer provar da minha carne e eu não o percebo o porquê. Não sei o que me apetece. Não sei se as minhas garras de tanto espetar não vão acabar por rasgar a carne a fundo que não será a minha. Tento que a minha concentração não reflicta no que estou a sentir mas é impossível se o estou a sentir. Então, fecho mas esse shamon. E, continuo a sentir. Não percebo o porquê quando prometi tanto e fielmente a mim mesma que nunca iria passar por uma merda destas. Nunca iria lutar por uma causa que, a certa altura, talvez não me fizesse diferença. Agora, contra a mim mesma, aqui estou eu a fazê-lo. A tentar arranjar uma forma de comandar a matilha, de ferir com as garras. Porque estou a sentir. É fodido gostar de uma pessoa porque em certos momentos irás fazer coisas lindas e sinceras que juraste não fazer porque demonstram demasiado de ti aos outros. Aos outros que são os lobos que querem sortear o teu espaço. É fodido porque ficas mais fraco. Porque o amor irá sempre contra o bom-senso, o raciocínio, as crenças interiores. Porque é uma cena que se for encontrada no seu estado mais puro e belo te leva a um êxtase que te faz feliz a vida toda. Por isso, o que estou a sentir é uma forte vontade de rasgar a carne, organizar a matilha. Cuidado. 

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