13 de junho de 2014

- Quando chegarmos vamos lá para fora ver a Lua.
E, fomos. De wisky na mão. Não costumo beber mas hoje vou afogar o ódio que depositaram nos  meus aposentos no álcool. E, hoje, quem não costuma fumar também vai fazê-lo comigo. Sei que me vou perder. Tenho plena consciência disso mas não consigo travar. As pessoas abrem a boca e matam tudo aquilo que ainda existia para viver. Tu matas-te todo o amor que sentia por ti ao desejar-me o dobro do que nunca te desejei. Ao gritar-me palavras ao ouvido que nunca pensará ouvir. Se calhar a culpa até foi minha. Se calhar gostei de mais. Se calhar não devia. Cada golo a minha garganta queima. As lágrimas não têm vontade de me visitar. Ainda bem. Sempre percebi o quanto iria ser desnecessário encaixar na minha mente que iria vencer esta guerra porque a esta altura a minha campa está no sítio e sem uma única flor. 

No outro dia perguntei-te: e, se esta fosse a nossa última noite de amor? Tu respondes-te-me: Perguntas-me com cada coisa...

Agora, responde-me. Que vai ser feito desses lençóis brancos sem amor? O que vai ser de uma pele que me deseja ódio mas que ao foder-me nunca se importou com tal... Que vai ser? De ti?

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