5 de junho de 2013

Egoismo

"Quando te perdi, também me perdi." Nunca te liguei, nunca te mostrei nenhuma carta que escrevi para ti. Obrigaste-me a ser egoísta. A única vez que te tentei encontrar, bem, perdi-me de vez. Nem sei se tudo piorou desde a partida, não sei a quanto tempo imagino qualquer chegada. Mataste-me com o teu silêncio. Matas-te-me com o teu egoísmo. Obrigaste-me a ser egoísta e nem sequer te pergunto porquê. Não é ter medo das respostas. É, ser-se egoísta. Não querer saber porque me ataste as mãos. E, me vendaste os olhos. Por vezes, desejo nunca te ter encontrado. Outras vezes, sei que representas o melhor do milhão de pessoas em que tropecei na rotina claustrofóbica. Se querias bazar passado tempos largos porque vieste e deixas-te marcas tão insanas neste corpo? Obrigaste-me a ser egoísta e nunca saberás o que é viver e reviver a deambular pelas memórias sem saber o que definitivamente será até ao último suspiro. 

2 comentários:

Daniela Pereira disse...

Conforme fui lendo, a cada palavra, a cada expressão ia vendo-me nas tuas palavras. Como te compreendo!

Diana Sousa disse...

Tenho o link ao lado :)