7 de junho de 2013

Terapia de grupo

Abro o maço de tabaco. Acendo o cigarro. Hoje não existem drogas. Nem espaços para fumos densos. Espero que também fumes. Nunca vivi a base de quases, silêncio... O fumo bate contra a parede e faz ricochete no ar. Desvanece-se em segundos. Pergunto-me, inúmeras vezes, se um dia belo, estranho ou apenas um dia... Seremos apenas isto: fumo. De tanto o inalarmos. De tanto o consumirmos. Se seremos apenas isto. Se nos iremos habituar ao desejo de querer abrir o peito e sabermos que somos só carne e osso. Compreender, finalmente, que não existe nada para além do racional. Que no duro em que batemos com tanta força, não vai deixar de ser duro, porque batemos. Tão pouco deixará de nos doer porque quisemos bater. As inseguranças tornam-nos belos. Só isso... Belos. Belos e minúsculos. Belos aos olhos de quem adoraria limar as arestas de uma Alma. Ainda que minúscula. 

2 comentários:

Anónimo disse...

Adoro ler-te, sabes disso.

Jane disse...

mas posso ter medo de voltar a ser picada