18 de outubro de 2013

zangada com o Mundo

Esta chuva não é bem vinda. Podia bazar porque reparte todos e tudo em tonalidades cinzentas. Uma gota decisiva faz com que a decisão acertada e decidida seja rebobinada para trás. E, o que era suposto ser a partir desse dia de chuva...? Dias de chuva leva-nos a sensação que não acabam então nada é definitivo. Não sei se estou a fazer sentido porque existem dias... Dias de chuva em que não faço sentido para o Mundo mas faço sentido com cinco sentidos para mim mesma. Sinto-me zangada com o Mundo porque este me cansa. Faz com que me deite na cama porque a minha cabeça tlinta-tlinta de cansaço mas o tempo em que me deito não o posso recuperar e a chuva continua a lavar e refundir as pedras da minha calçada. Reparo que todas as construções desabam porque o céu decide chorar. Os olhos dos humanos inundam-se de malícia, pecados e arrependimentos... E, eu terei de ser mais uma alma desse saco... Mas, não... Porque as pedras da minha calçada mesmo com lágrimas do céu está limpa e está pintada. Tenho janelas e não tenho receio de saltar do quinto andar. Tenho portas e não tenho medo de as arrombar e quando não tenho casa não tenho ofensas de viver debaixo da ponte porque eu sou uma ponte para quem se quiser abrigar das lágrimas do céu e se confundir com as cores da minha calçada. Ainda hoje disse que a solução é enfrentar mesmo que chova, mesmo que te molhes. Mesmo que as cores acabem para pintar a tua calçada.