26 de novembro de 2013

As paredes brancas desta casa de loucos engolem-me. Não me sinto, nem mesmo que me dessem sentimentos de borla, os aceitava. Hoje apetece-me sem me apetecer. Voltar ao que era. Aos xiripitis, sozinha, no silêncio da noite mas observo os meus ombros e sinto tanto peso... E, sem me sentir capaz de largar esse peso, carrego-o com toda a força mesmo que me escarne a pele. Os nervos não deixam parar os tremores do meu corpo. Todo o frio acumulado lá fora, ainda está mais intenso nos meus cantos. Apetece-me partir tudo. A louça da minha cozinha e a louça da cozinha dos outros. Bebo as minhas realidades como se não tivesse água disponível mas acordo e sinto que é veneno. Desfaz-me os sentidos. Este filha da puta de karma que não me larga. Ou, não será Karma porque o que é não tem nome. Que incógnita de pessoas são estas com quem vivo?

1 comentário:

mafalda disse...

Simplesmente fantástico...