15 de novembro de 2013

o verbo era és. hoje é somos.

Levita-me. Intensamente nós, um para o outro, somos aquilo que nunca esperávamos ser. Porque, um dia, quem me contasse esta história que é nossa, ria-me feita louca que sou e com certeza iria dizer que nada disto fazia sentido. Porém, faz. Faz sentido à minha maneira porque se não fosse a minha maneira e esse jeito atrevido de seres comigo o que não és nem nunca foste com outras nada teria crescido. Porém, cresceu. Apalpas-me no meio da calçada que tanto piso. Esse quarto, esse corpo e esse sorriso de cabrão atrevido sabem-me de cor não é? Então, para que sabias que toda eu te sei de cor. Mais do que alguma vez pensei em saber de cor alguém. E, se já cometi riscos, tu foste o maior. E, se gosto de riscar, tu irás ser pintado. Ama ou deixa. Fode ou sai de cima. Não saíste de cima. Fodeste com muita convicção. Adoro ouvir o meu nome cravado nos teus lábios. Foi fodido para te conquistar e quanto mais fodido fica mas me dá gana de te amarrar a cama, ao peito, ao calor e aos afins. Não preciso de ti porque sobrevivi sem companhia durante todos estes tempos mas não preciso de ficar sem ti porque, sabe bem, saber que tu és o próprio a querer ficar. Então, fica. Me esquenta. Me ama. Me fode. Me condena. Me faz e me desfaz. Meu chinoca. 

 - Tu és tu - Disse ele numa noite em que batia muito frio. 

3 comentários:

F. disse...

Mudei de blog , se estás interessada/o em continuar a seguir-me está aqui o link:
keepyourheadupkeepyourmindwild.blogspot.com
beijinhos,F.

F. disse...

tu escreves tão bem ..

Joane disse...

Agora que voltei, num outro canto, vou seguir-te porque simplesmente adoro esta tua maneira simples de retratar os prazeres da vida! Adoro muito, muito.