30 de dezembro de 2013

Sinto-me sólida. Fresca. Sentida. As peças do meu puzzle, por enquanto, estão no seu encaixe. Acima de tudo, sinto-me um quiça mudada. Um pouco mais compreendida, ainda mais do que era, quando me olho ao espelho. Um sentimento afogado num mar de rosas com um recipiente de espinhos ao lado. Afinal de contas, nunca acreditei em mares de rosas mas acredito neles com espinhos ao lado. A sorte de quem me tem é o azar de quem, outrora, me pensava ter. Ainda continuo a ser uma bala que dispara peitos. Neste caso, aquele peito. Uma bala revestida a ouro. A bala. Como se existisse uma arma topo de gama, única e essa arma seja eu. Como se existisse um peito feito de plumas no seu interior e esse peito seja ele. Não que tenha perdido a coragem de o afogar naquele mar de rosas com um recipiente de espinhos ao lado. Só que é merecedor de todas as rosas. Até das negras. Até das famintas prontas a picar e a fazer doer. Afinal, a paixão não é doente. Nós somos doentes. Doentes por paixão. Vá-se lá saber se existem apaixonados sem fim. 

2 comentários:

Gabriela. disse...

adorei este texto, escreves lindamente!

Anónimo disse...

A tua escrita é qualquer coisa. Que vicio