8 de setembro de 2014

Provo da tristeza como um vinho velho. Pousado na estante singular feita em madeira à espera que o tempo passe para se apurar como a tristeza se faz. Saiu da cave afogada na ansiedade. Os bons conselhos retidos no pó que se circula e o espelho que se encolhe e me amargura com imagens insatisfeitas do tempo que não foi aproveitado. 
E, sem um olhar atento ainda consigo esmurrar o corpo. O joelho. O osso. E, a pele. E, sigo. Ensanguentada e fodida vendo os sinais vermelhos. 
Mas, se o meu instinto diz que sim. Sigo o que sinto. Impulsivismos do sentimento... E, optimismo onde até o Diabo duvida. Amor, só desisto quando a casa arde, quando o fumo é negro e denso. Amor, pondero até a cisma.

Mas, observo o sinal vermelho. Uma esfinge. Finge que sou de pedra. Que sou dura na queda.
Mas, a queda, eu evito. E, como a vida é tal caverna, dá-me uma laterna e um livro. Evito uma troca de olhares que não se nota como um felino na toca. Esquivo-me do conflito com eufemismos na boca. Fodida não consigo lidar com este desapego e cedo ao peso da culpa do tempo não aproveitado, do partir o coração. E a partir daqui falta-me ser madura e saber dizer que não.

Não!

Enquanto vejo com espanto este medo que guardo em papel perfumado com que tenho forrado cartas imaginárias para te dar. Nas gavetas do quarto onde as guardo... além. Era suposto tu seres um após batida, eu ser um após beat e andarmos uns trocos nisto. Mas, o destino, esse filho da puta, trocou as volta e chegando ao entroncamento... fui eu que chamei por tudo isto. É que não há nada de nada... Nem uma chapada na cara que não derive de uma acção com reacção. Que não derive daquilo que pedimos. 

Tenho sido felina forte para continuar. Agarrada ao meu íntimo que me pede para me concretizar. Porque se a coisa que o tira do sério é deixar as coisas por acontecer.

E, por norma, trabalho para a vitória. Guardo a medalha, na mala, que é minha... 

Sem comentários: